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Conheça a história da Braskem e seu impacto em Maceió   

Afundamento, realocação, impacto ambiental e colapso estão ligados à Maceió e à Braskem nas últimas semanas. Veja nas próximas telas um resumo do histórico da atividade da empresa em Alagoas.

1943 - 1970: 

Jazidas de sal-gema foram descobertas no subsolo alagoano em 1943, mas só em 1970 a extração do minério importante na produção de polímeros foi aprovada.

1976 

Seis anos depois da aprovação, inicia de fato a extração. A então empresa Salgema Indústria de Químicos começa extrair sal-gema do solo maceioense em 1976 no Pontal da Barra, bairro litorâneo da capital de Alagoas, para produção de dicloroetano.

1996

Com 20 anos de atividade no estado, a empresa muda administração e nome em 1996. A antiga Salgema agora é Trikem e continua a extração do minério nos bairros lagunares de Maceió.

2002 

Neste ano a empresa é efetivada como Braskem com a fusão de várias empresas do ramo. Sob administração de Salgema e Braskem, em Maceió, foram cavados 35 poços de extração mineral nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto

2012 

A Braskem inaugura fábrica de PVC em Marechal Deodoro, cidade próxima à Maceió. A fábrica integrada ao polo no Pontal na capital alagoana, foca na produção do polímero enquanto a primeira fornece a matéria-prima de forma subterrânea.

Com a nova unidade no estado de Alagoas a empresa é a maior da América Latina no ramo.

2018 

O bairro do Pinheiro passou por um tremor de terra em março de 2018. Dezenas de casas, prédios e vias apresentavam fissuras e rachaduras. Moradores foram direcionados à realocação pelos riscos analisados pelo nível de rachaduras em seus imóveis, até então sem motivo aparente.

O tremor foi registrado por laboratórios de Brasília e São Paulo com 2,4 graus de intensidade na escala Richter.  Saiba mais sobre nesta matéria de 2018:

2019 

Bairros vizinhos ao Pinheiro também foram atingidos. Bebedouro, Bom Parto, Mutange e parte do Farol relataram danos nas estruturas dos prédios e ruas. Desta forma, o Sistema Geológico do Brasil inicia, ainda em 2018, o estudo do solo da região afetada, revelando as causas do afundamento na região em audiência pública em abril de 2019

O principal motivo apresentado foi a falta de preenchimento dos grandes poços após a extração da sal-gema, realizada no processo de mineração pela Braskem. As minas estavam em processo de assentamento no subsolo dos 5 bairros e isso gerou o afundando gradativo.

2020-2022 

Com o diagnóstico geográfico, iniciaram as medidas para desocupação intensiva dos bairros, pagamentos de indenização para mais de 14 mil famílias que perderam moradias e estudos para estabilização do solo.

Neste período, a cidade Maceió sofreu com a alta dos valores de imóveis e desertificação urbana de bairros importantes na capital, impactos econômicos e sociais significativos.  Veja retrato deste momento em detalhes nesta matéria:

2023 

Enquanto as medidas e reorganização da cidade estavam acontecendo, no fim de novembro de 2023 órgãos públicos, como a Defesa Civil Estadual, alertam a capital sobre o risco iminente de colapso de uma das minas, ainda não preenchida totalmente, no bairro do Mutange.

Estado de emergência em Maceió foi decretado. Rotas de carros e ônibus próxima à região interrompidas, casas ainda com moradores foram desocupadas com auxílio da polícia e diversos eventos na cidade cancelados.

Com o país, estado e cidade em sobreaviso, no dia 10 de dezembro de 2023, a mina n° 18 colapsa na parte da Lagoa Mundaú que integra o Mutange, após dias de afundamento gradativo. Entenda em detalhes na reportagem sobre o caso:

A Agência Tatu também descobriu financiamento da Braskem com políticos alagoanos em períodos de campanhas políticas entre 2004 e 2014.  Veja na reportagem os valores pagos a cada um:

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Mychelle Maia

Lucas Maia 

Braskem  Google Fotos  UUnsplash Tenor  Reprodução