Menos juros e mais incentivo: entenda as novas regras do Minha Casa Minha Vida

Nova versão do programa entrou em vigor esta semana; Norte e Nordeste contam com taxa de juros menor

Capa ilustrativa com logotipo do programa minha casa minha vida e fotografia de prédios populares ao fundo
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As novas regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) entraram em vigor a partir dessa sexta-feira (7). Entre as principais mudanças do programa estão o aumento do subsídio público para complementação da compra do imóvel, uma menor taxa de juros e a possibilidade de financiamento de um imóvel de maior valor.

O programa Minha Casa Minha Vida foi relançado este ano pelo governo Lula (PT), após ter adquirido o nome Casa Verde Amarela durante o governo de Jair Bolsonaro.

Confira as principais atualizações do Minha Casa Minha Vida:

  • Para as famílias de faixa 3, que recebem entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil, a Caixa agora passa a financiar imóveis de até R$ 350 mil. Antes o valor máximo era de R$ 264 mil.
  • Para as famílias da faixa 1, com renda de até R$ 2.640, e da faixa 2, com renda de R$ 2.640,01 a R$ 4.400, o limite do valor do imóvel fica entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, dependendo da localidade.
  • O subsídio máximo para complementação do valor aumentou de R$ 47.500 para R$ 55 mil, a depender da renda da família e localização do imóvel.
  • Redução da taxa de juros para famílias com renda de até R$ 2 mil. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa vai passar de 4,25% para 4% ao ano, sendo a menor do país, enquanto nas outras regiões caiu de 4,5% para 4,25% ao ano.
  • No caso das famílias residentes em áreas rurais, os valores das faixas são estabelecidos anualmente. Sendo a faixa 1 destinada para famílias com renda bruta anual de até R$ 31.680, a faixa 2 para renda anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800 e a faixa 3 com renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.
  • O prazo de empréstimo para pagamento do imóvel também aumentou, passando de 30 anos para 35 anos.
  • Com as novas regras do MCMV, agora é possível também financiar um imóvel usado. Antes, o programa só se enquadrava para imóveis novos.

Em entrevista à Agência Tatu, o corretor de imóveis em Maceió, Arthur Uchôa, explica que uma das principais dificuldades encontradas pelas famílias que desejam adquirir um imóvel é conseguir custear o valor da entrada. “Hoje em dia, grande parte das construtoras trabalham com o parcelamento de parte do valor da entrada, o que faz com que a parcela encaixe mais no orçamento do cliente”, explica.

Uchôa complementa dizendo que a redução da taxa de juros por faixa é positiva para o comprador. Diz ainda que, além de beneficiar a população de baixa renda, as novas regras são aplicadas também à população de renda média, já que houve aumento no valor máximo do imóvel para a faixa 3 e redução dos juros.

“Com o mesmo valor de renda declarado, ele vai conseguir financiar mais, uma vez que a taxa de juros diminuiu em média de meio por cento”, detalha o corretor de imóveis

O pagamento do subsídio e o uso do FGTS são assuntos que trazem bastante dúvidas na hora de financiar um imóvel, mas que, segundo o corretor de imóveis, as duas formas são viáveis na hora de realizar o contrato.  “O subsídio público é pago pelo governo e vem junto com o financiamento aprovado. Se o comprador tiver FGTS, ele pode utilizá-lo como parte do pagamento, desde que esteja descrito no contrato”, esclarece Uchôa.

Dados abertos

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