A vacinação continua avançando e Alagoas já possui 66% da população vacinada com pelo menos uma dose e 44% da população imunizada, isto é, vacinada com as duas doses ou a dose única. Com isso, o mês passado apresentou o menor percentual de resultados positivos nos testes de covid-19 analisados pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas: apenas 9,78%.
Ainda segundo os dados analisados pela Agência Tatu, foram 7.046 testes e destes apenas 689 deram positivo, o menor de todo o período analisado. As informações coletadas correspondem a setembro de 2020 e outubro de 2021. Nestes meses foram realizados 207.830 testes para Covid-19. Do total, 68,6%, ou seja, 142.548 tiveram resultados negativos para a doença.
O infectologista Fernando Maia reafirma que a redução se deve à vacinação, que tem avançado no estado nos últimos meses. “A maioria dos hospitais já está com a quantidade de pacientes muito pequena de Covid-19, alguns hospitais até estão sem nenhum paciente, e isso é muito bom. A tendência é que assim que a vacinação vá avançando isso se consolide”, afirma o infectologista.
Testes analisados
Os números analisados englobam os testes rápidos, que podem ser feitos com sangue e secreção nasal e oral; além dos testes RT-PCR, que são feitos em laboratórios usando a mucosa do nariz ou garganta.
Os testes rápidos são feitos em todos os municípios do estado, mas só tivemos acesso aos que foram realizados nas centrais de triagem que são mantidas pelas Secretarias de Saúde de Maceió e Arapiraca, as duas cidades mais populosas de Alagoas. As demais cidades cadastram os resultados na plataforma e-SUS, do Ministério da Saúde, que não disponibiliza esses dados para consulta.
Ao longo do tempo a proporção entre testes positivos e negativos variou bastante no estado. Os meses de abril, maio e junho de 2021 foram, respectivamente, períodos onde o percentual de positivos foi maior que nos demais. Em abril foram realizados 19.225 testes no estado, e destes 44,25% deram positivos, um total de 8.508 casos.
Maio deste ano foi o mês com maior número de testagem do período analisado. Dos 28.032 testes, 43,83% foram positivos, ou seja, 12.286. Já em junho foram realizados 24.175 testes, com 9.700 casos positivos, correspondendo a 40,12% do total.
De acordo com o infectologista, esses meses tiveram uma proporção de positivos maior, pois o país estava na segunda onda de infecção da Covid-19. Segundo ele, isso se deve à “introdução de novas variantes do vírus, inclusive a variante delta, que é uma variante muito contagiosa e que consegue causar um número de casos muito maior”. O infectologista comentou ainda que, naquele momento, a vacinação ainda não tinha atingido níveis bons e por isso o número de casos ainda era muito alto.
Cuidados devem ser mantidos
Apesar do mês de outubro ter registrado a menor proporção de casos da doença, o infectologista afirma que ainda não é hora de descuidar das medidas definidas no protocolo sanitário.
“A vacinação evita a forma grave e a morte, além de reduzir muito a transmissão da doença, mas não é cem por cento. De modo que, mesmo quem já foi vacinado ou quem já teve a doença, deve manter os cuidados de higienizar as mãos, de usar máscara principalmente e de manter um certo distanciamento social, para que a gente minimize o máximo possível o número de casos e possa, aos poucos, voltar a nossa vida normal”, afirma o infectologista.
Fernando ainda explica que todos devem se vacinar. “A vacinação é a arma mais efetiva no combate da epidemia. É muito importante que as pessoas se vacinem, não tenham medo de se vacinar. Lembrem que a doença é sempre pior. Com a vacina você consegue se proteger sem precisar adoecer”, finaliza.
*Estagiária sob a supervisão da Editoria