A pandemia da Covid-19 afetou diversos setores, incluindo o de turismo. As diferentes fases de distanciamento social geraram cancelamentos e adiamentos de viagens, o que impactou no número de passageiros que chegaram ao Aeroporto Zumbi dos Palmares nos momentos mais críticos da pandemia.
Enquanto no primeiro ano da pandemia o estado registrou o pior fluxo de passageiros de toda a série histórica (2015 a 2021), em 2021 o quadro mudou para melhor, alcançando números recordes de passageiros, especialmente no final do ano, quando milhares de pessoas vieram a Maceió para festejar o réveillon.
De acordo com dados da Aena Brasil, coletados pela Agência Tatu junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Maceió (Sedetur), o número de embarques e desembarques no ano passado foi de 1.910.420 pessoas. Apesar do somatório do ano inteiro fazer com que 2021 seja o segundo pior ano da série, entre setembro e dezembro o fluxo de passageiros naquele ano foi o maior desde 2015.
Já 2020 foi um ano em que a redução no número de passageiros foi notória. A quantidade de passageiros começou a cair após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país, com uma queda de 36% na comparação com o ano anterior. Mas os piores meses foram abril e maio, que tiveram pouco mais de sete mil passageiros em cada mês, uma redução de mais de 95% na comparação com o mesmo período de 2020.
Para a secretária de Turismo de Maceió, Patrícia Mourão, desde o início da gestão houve a preocupação em preparar o destino para o novo momento do turismo, que seria o pós isolamento social.
"Somente no ano passado, a Prefeitura investiu R$ 200 milhões em ações estruturantes e promocionais, que elevaram o destino como um dos mais procurados do Brasil. Essa retomada do turismo de Maceió é refletida no aumento do fluxo de passageiros e nas ocupações sempre positivas da hotelaria da capital, conquistadas graças ao trabalho sinérgico do setor público em parceria com o privado. Além disso, a gestão municipal fez o dever de casa no quesito segurança sanitária, sendo uma das capitais com maior eficiência na vacinação e controle da pandemia”, detalhou a secretária.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, Marcius Beltrão, explicou os possíveis motivos. “Não se trata de um fenômeno isolado ou local; mas sim, como todos sabemos, da dinâmica mundial e dos cenários desenhados ao longo da pandemia da Covid-19. Os números e as experiências que vivenciamos mostram isso, as oscilações no número de viagens, a redução do trânsito de pessoas pelo mundo e, claro, em Alagoas”, destaca.
Beltrão ainda detalha as medidas que foram adotadas para lidar com o baixo fluxo. “Mesmo ao longo de toda a pandemia, o governo de Alagoas, através da Sedetur, manteve todos os investimentos e ações promocionais por acreditar que a demanda reprimida (pessoas que querem viajar) precisam lembrar do Destino Alagoas quando optarem por um destino".
Segundo ele, a medida ajudou na aceleração da recuperação econômica e no fluxo de passageiros no aeroporto internacional. “Acreditamos que nos próximos meses vamos recuperar a média de público viajante que recebíamos antes da pandemia”, finaliza.
*Estagiária sob supervisão da editoria