Bastou a Petrobras anunciar o reajuste do preço da gasolina na última quinta-feira (10) para que alguns postos de Maceió corressem para aumentar o valor cobrado pelo produto em suas bombas. O aumento de 18,8% imposto pela estatal em um único dia é o maior reajuste já realizado desde a adoção da política de paridade internacional, em 2016.
A partir de dados coletados pela Agência Tatu para as plataformas Litrômetro e Abastece Maceió, é possível identificar como o aumento na distribuição afetou os preços que chegam aos consumidores nos postos de combustível da capital alagoana.
Somente entre os dias 10 e 11 de março, o preço da gasolina nas bombas de Maceió disparou de R$6,66 para R$7,11, em média. De todos os postos da cidade, 60% praticavam um valor acima de R$7 reais já no dia 11.
Mas nem todos os postos seguiram o padrão. Enquanto, na média semanal, entre o dia 8 e o dia 15, os postos reajustaram o valor da gasolina em 9,45%, um dos revendedores aumentou o valor do produto em 20%, saindo de R$6,39 no dia 8 para R$7,99 apenas uma semana depois.
Até esta terça-feira (15), o Procon Maceió já fiscalizou nove postos de combustível da cidade em uma operação para apurar possíveis aumentos indevidos. Os proprietários têm o prazo de 20 dias para apresentar cópias das notas fiscais de entrada e saída e provar que não anteciparam o aumento, lucrando mais com um combustível adquirido ainda no preço anterior.
“Queremos saber o preço que os estabelecimentos compraram o produto e por quanto venderam na bomba. Solicitamos as notas referentes ao dia 10 de março, data em que a Petrobras comunicou ao país que o aumento do preço dos combustíveis para compra nas distribuidoras estava autorizado. Assim, saberemos se houve alguma elevação sem justa causa”, explicou o diretor-presidente do Procon Maceió, Leandro Almeida.
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