Em vídeo que está sendo compartilhado, uma mulher grávida teria sido impedida de realizar o parto por ter votado em candidato de oposição à gestão do hospital público. O caso aconteceu em Canto do Buriti, Piauí e a informação foi desmentida pela diretora da unidade.
O que estão dizendo?
Em vídeo que está circulando pelas redes sociais, uma mulher filma uma grávida enquanto afirma que a gestante está sendo impedida de realizar o parto no hospital público por não ter votado no político alinhado ao posicionamento da gestão do estabelecimento. O caso teria acontecido em Canto do Buriti, cidade localizada a 409 km de Teresina, capital do Piauí.
No conteúdo, a mulher não identificada afirma: “Olha, minha gente. Estamos aqui no hospital de Canto do Buriti, Piauí, desde ontem sentindo dor aqui e simplesmente não vai fazer o parto porque ela não votou no partido que o hospital ocupa”. E complementa: “Se fosse do partido deles que tivesse, ia fazer. Tá aqui, coisa de dá dó, a pressão já subiu, quem puder compartilhar, pode compartilhar. Eu agradeço”. A mulher grávida e o homem que parece acompanhá-la não se manifestam.
Não é verdade que mulher grávida tenha sido impedida de receber atendimento em hospital público de Canto do Buriti (Piauí) por conta de posicionamento político. Segundo esclarecimento emitido por Marine Oliveira, diretora do Hospital Local Domingos Chaves de Canto do Buriti, a paciente deu entrada no hospital no sábado (22/10) e foi atendida pela médica plantonista.
Durante o atendimento, constatou-se que a gestante não estava em trabalho de parto e, em razão disso, foi regulada para o hospital de Floriano, cidade mais próxima que teria competência para atender o caso. Ainda segundo a diretora, a paciente optou por não ser atendida no hospital a qual foi direcionado o seu atendimento.
Confira esclarecimento da diretora na íntegra:
Nordeste Sem Fake
O conteúdo falso foi encontrado pela robô Dandara, que monitora diariamente diversas redes sociais em busca de publicações com conteúdos potencialmente relacionados à desinformação. O trabalho tem a participação dos checadores do projeto Nordeste Sem Fake, da Agência Tatu. Mais checagens de fatos estão disponíveis no site.