Em nove meses desde o início da campanha de imunização contra o novo coronavírus, em 17 de janeiro, o ritmo da vacinação oscilou em muitos momentos por diversos fatores: falta de insumos, contratos não realizados e a não aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram alguns deles.
A reportagem da Agência Tatu analisou os microdados disponibilizados no portal OpenData SUS, do Ministério da Saúde, com os registros da vacinação da Covid-19 em Alagoas. Os gráficos a seguir mostram o ritmo da imunização a cada dia no estado.
As vacinas são representadas nos gráficos pelas barras coloridas. A cada dia elas são empilhadas para mostrar o real volume de doses aplicadas ao longo de toda a campanha de imunização.
Como é possível observar no gráfico anterior, as várias suspensões na produção da vacina Coronavac (Sinovac/Butantan), ocorridas após a primeira semana de abril, fizeram o ritmo da vacinação cair no estado. Durante quase um mês, entre abril e maio, a única vacina disponível para a 1ª dose era a da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz).
Imunizantes mais aplicados
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a vacina AstraZeneca da Universidade Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), representa 45% de todos os imunizantes aplicados na primeira dose em Alagoas. Em seguida estão o da Pfizer (BioNTech) e Coronavac (Sinovac/Butantan) com 31% e 25%, respectivamente.
Metodologia
Os dados desta reportagem foram coletados no site OpenData SUS, do Ministério da Saúde, analisados e processados por meio de programa desenvolvido na linguagem Python (neste link é possível consultar o script completo). O período analisado é de 17 de janeiro a 07 de setembro de 2021.
Para esta análise não foram levados em conta possíveis atrasos no registro realizado pelos municípios no sistema de informações do PNI (Programa Nacional de Imunizações).